segunda-feira, 4 de março de 2019

O CARNAVAL



"O povo toma pileques de ilusão com futebol e carnaval.
Sáo  estas as suas duas fontes de sonhos"
(Carlos Drummond de Andrade)


A história do carnaval no Brasil iniciou-se no periodo Colonial.
As primeiras manifestações carnavalescas foi o entrudo, uma festa de origem portuguesa que, na colônia, era praticada pelos escravos. Estes saiam pelas ruas com seus rostos pintados, jogando farinha e bolinhas de água de cheiro nas pessoas. Tais bolinhas nem sempre eram cheirosas. O entrudo era considerado ainda uma prática violenta e ofensiva, em razão dos ataques às pessoas, mas era bastante popular. Isso pode explicar o fato de  as famílias mais abastadas não comemorarem com os escravos, ficando em  suas casas. Porém  nesse espaço, havia brincadeiras, e as jovens moças das famílias de reputação ficavam nas janelas  jogando   água nos transeuntes.
As camadas populares não desistiram de suas práticas carnavalescas. No  final do século XIX, buscando adaptarem-se às  tentativas de  disciplinamento policial, foram criados os cordões e ranchos. Os primeiros incluiam a utilização da estética das  procissões religiosas com manifestações populares, como a  capoeira e os zé-pereiras, tocadores de grandes bumbos. Os ranchos eram cortejos praticados principalmente pelas pessoas de origem rural. As marchinhas de carnaval surgiram também  no  século XIX, e o nome originário mais conhecido é o de Chiquinha Gonzaga, bem como sua música O Abre-alas. As marchinhas conviveram em notoriedade com o samba a partir da década de  1930. Uma das mais famosas marchinhas foi "Os cabelos da mulata", de Lamartine Babo e os Irmãos Valença. Essa década ficou conhecida como a era das marchinhas.
Na Bahia, os primeiros afoxés surgiram na virada do século XIX para o XX com objetivo de  relembrar as tradições culturais africanas. Os primeiros afoxés foram o Embaixada africana e os Pândegos da Africa. Por volta do mesmo periodo, o frevo passou a ser praticado no Recife, e o maracatu ganhou as ruas de Olinda. Ao longo do séculoXX, o carnaval popularizou-se ainda mais no Brasil e  conheceu uma  diversidade de formas de realização, tanto entre a classe dominante como entre as classes populares. Por volta da década de 1910, os corsos surgiram com os carros conversíveis da elite carioca desfilando pela avenida Central, atual avenida Rio Branco. Tal prática durou até por volta da década de 1930.

                                                 ESCOLAS DE SAMBA

O samba somente surgiu por volta  da década de 1910, com a música  Pelo Telefone, de Donga e  das escolas apareceram na década Mauro de Almeida, tornando-se ao longo do tempo o legítimo representante musical do carnaval. Entre as classes populares, surgiram as escolas de samba na década de 1920. As primeiras teriam sido o Deixa Falar, que daria origem à escola Estácio de Sá e a Vai como Pode, futura Portela. As escolas de samba eram o desenvolvimento dos cordões e ranchos. A primeira disputa entre as escolas ocorreu em 1929. Os desfiles das escolas de samba desenvolveram-se e foram obrigados a se enquadrar nas diretrizes do autoritarismo da Era Vargas. 


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Uma frase sobre o Carnaval:

"O Carnaval não é invenção do diabo como dizem algumas religiões. Falvez  seja
invenção de algumas religiões, como dizem os carnavalescos. (Horlando Halergia)

Foto clicada  por mim

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