sexta-feira, 30 de junho de 2017

FESTA JUNINA




                        Veja aí um arraial todo enfeitado

As festas mais populares no Brasil são as festas juninas: São João (24 de junho), Santo Antônio (13 de junho coincide com o dia dos namorados), São Pedro (29 de junho que é também Dia do Pescador). Junho mês  das quermesses por todo o Brasil. Realizam-se as  festas diferentes em cada região, segundo suas tradições culturais e costumes, mas todas promovem quermesses.Na maioria das festas, principalmente no Norte e Nordeste, o que  mais se destaca são as brincadeiras. A brincadeira mais popular é o pau de sebo.
Essa festa inicialmente era chamada de Festa Joanina em  referência a São João, mas no Brasil recebeu o nome de "junina", porque acontece no mês de junho. Além  de Portugal, a tradição veio de outros países europeus, chegados a partir de meados do século XIX. Também foi incorporado aos costumes das populações indígenas e afro-brasileiras.
Em razão da época propícia para a colheita do milho, as comidas feitas de milho integram a tradição como canjica, a pamonha, o curau, o milho cozido, a pipoca, e o bolo de milho.
Outros pratos típicos são o arroz-doce, a broa de milho, a cocada, o bom bocado, o quentão, o vinho quente, o pé de moleque, a batata-doce, o bolo de amendoim, o bolo de pinhão, etc.
O local onde ocorre a maioria dos  festejos juninos é chamado de arraial, um largo espaço ao ar livre, onde barracas são erguidas para o evento, ou um galpão já existente e adaptado para a festa.
Geralmente, o arraial é decorado com bandeirinhas de papel colorido e balões.
Nos arraiais acontecem as quadrilhas, os forrós, leilões e os casamentos caipiras.






          
  
                                                A Quadrilha

A quadrilha é uma dança em que tomam parte várias turmas de pares; É também chamada a música para essa dança.
Os principais personagens da quadrilha tradicional são:

O marcador da quadrilha (narrador da dança)
Casal de noivos
O padre
O delegado
Os padrinhos
E os casais convidados para festa.

A quadrilha surgiu nos salões da corte francesa recebendo o nome de "quadrille", mas  tem origem inglesa, numa dança de camponeses chamada  "Campesine"
Através da Guerra dos Cem Anos (1337-1453) a França assimilou alguns elementos culturais ingleses, adotando a quadrilha e tornando-a uma dança nobre que rapidamente se espalhou por toda a Europa.
Na época da Colonização do Brasil os portugueses trouxeram essa dança para o Brasil, bem como seus principais elementos:  os vestidos lindos e rodados (que representavam as riquezas da corte), os passos puxados na língua  francesa (anarriê, avancê, tour, etc.) e os agradecimentos aos santos pela boa colheita.
Esta dança típica chegou ao Brasil durante o período regencial e fez grande  sucesso na Corte do Rio de Janeiro caindo depois no gosto popular. A sanfona,  a viola, o violão, o triângulo são instrumentos muitos utilizados para acompanhar a quadrilha.                  Source: Enciclopédia Trópico


                                                 As Fogueiras

As fogueiras tradicionais das festas juninas são herdadas das culturas greco-romanas e dos celtas. Esses povos cultuavam as fogueiras como forma de agradecimento aos deuses pelas boas colheitas.Essa prática também foi aderida no Brasil, fazendo com que esse item se tornasse mais um  símbolo forte da festividade. Em nossos país, muitos acreditam que a fogueira seja uma  forma de purificação e proteção contra maus fluidos, além de símbolo da reunião  de familiares e amigos durante a festa.

Vejam o que disseram mais sobre festas juninas:

Lembranças
Se lembra da fogueira
Se lembra dos balões
Se lembra dos luares dos sertões
A roupa no varal
Feriado nacional
E as estrelas salpicadas nas canções.               (Chico Buarque)

No arraial
Manhã de dia de festa de santo
quando o arraial se adornava com 
arcos de bambu e bandeirolas, e o 
povo se espalhava contente calçado
e no trinque, vestido cada um com a 
sua melhor roupa.   (Guimarães Rosa)

Fogueiras e balões
Chegou a hora da fogueira
É noite de São João
O céu fica todo iluminado
Fica o céu todo estrelado
Pintadinho de balão
Pensando na cabocla a noite inteira
També, fica uma foqueira
Dentro do meu coração      (Lamartine Babo)


Dia de Festa
Fagulhas pontas de agulhas
Brilham estrelas de São João
Babados, xotes e xaxados
Segura as pontas, meu coração.       (Abel Silva)

Noites de Frio
Noite fria, tão fria de junho
Os balões para o céu vão subindo
Entre nuvens aos poucos sumindo
Envoltos num tênue véu.   (Alberto Ribeiro e João de Barro)

 

segunda-feira, 19 de junho de 2017

MAÇÃ DE ELEFANTE




Olha aí a árvore da fruta maçã de elefante, com frutos maduros, porque quando tirei as fotos estávamos no mês de setembro/2016. 

A maçã de elefante é uma fruta exótica que alimenta e com propriedades medicinais ela deve ser consumida apenas cozida.
A maçã de elefante (Dillenia indica) é conhecida popularmente de flor de abril. A árvore que origina a fruta é conhecida popularmente como árvore do dinheiro, Bolsa de pastor  e pertence a família Dileniaceae.
Comestível apenas se cozida, tem polpa gelatinosa com muitas sementes e envolta por uma casca fina e dura (precisa de um facão para abrir a fruta)
Nasce de árvore de copa grande e caule reto, que oferece madeira compacta e resistente, destinado para a construção civil e naval. Também é boa para ser usada em fogão de lenha. As flores da planta em tom amarelo ou branco são aromáticas. Originária da Índia, a maçã de elefante, chegou aqui possivelmente com o desembarque da comitiva de D. João VI em solo brasileiro em Janeiro de 1808, com a Família Real Portuguesa.

                                                         Árvore do Dinheiro

Porque ela é também  chamada de Árvore do dinheiro ou  Árvore da Pataca?
Reza a lenda que D. Pedro II quando o fruto estava ainda aberto nos Jardins do Palácio de Verão, escondia moeda dentro dos frutos para dizer brincando aos seus netos que na árvore nascia dinheiro que era a pataca( foram moedas que circularam no Brasil de 1695 a 1834).
Essa planta pode ser facilmente  encontrada em São Paulo no Parque do Ibirapuera ou em frente ao prédio de Engenharia Civil da Escola Politécnica da USP. Em Joinville- Santa  Catarina é conhecida como Coco de Adão, e tem muitas árvores nas praças , por isso é comum acidentes com esse fruto, simplesmente  cai na cabeça dos transeuntes ou de carros.

USOS- É adequada para o plantio em parques eventualmente, utilizada também inadequadamente na arborização de ruas. Destaca-se pelo efeito ornamental das folhas, flores e frutos. Os grandes frutos são usados para fins medicinais.



                              Esse fruto  colhi de vez , esperei amadurecer para fotografar.

Em algumas regiões brasileiras o fruto que possui uma polpa pegajosa, é usado em receitas como picles, doces, sorvetes, xaropes e geleias, mas não há o costume de ingeri-lo " In Natura", pois possui um cheiro bem forte.
Em alguns países como por exemplo o Panamá o fruto é cozido, ingerido para aliviar problemas de reumatismo; Na Indonésia, a fruta é misturada ao mel e ingerida no café da manhã; Na Tailândia, o costume é  se alimentar das folhas em saladas, e na Índia a polpa é usada em chutneys salgados, muito apreciados pelos indianos.
Há estudos e pesquisa com a maçã de elefante que comprovam ação terapêutica em tratamento de dores musculares, em  caso de inflamações e ainda como  analgésico no caso de artrose.
A fruta tem propriedades benéficas para a digestão, para acabar com vermes intestinais e melhora da disenteria. Misturadas ao mel e cominho ajudam no tratamento da diarreia e na digestão.
Possui propriedades laxativas; o suco  misturado com açúcar e água morna purificam o sangue e o aparelho intestinal.
O uso da folha melhora a dor de garganta, doenças respiratórias e tosse.
Segundo crença popular, o fruto maduro deve ser batido no liquidificador com um  pouco de água, o suficiente para que o aparelho consiga funcionar, transfira para um  recipiente de vidro, sem incidência de luz, deixe curtir por mais ou menos uma hora. Para usar basta passar o preparo no local dolorido. Source:  Coisas da Roça.

Em Tempo:   Quem quiser ver a maçã de elefante é só passar pela Rua Monsenhor Mazzei na calçada da Igreja São Vicente de Paula, perto do Centro Comunitário- Bairro Jardim Aeroporto.  Existem 4 árvores dessa fruta  hoje todas carregadas da fruta, de onde tirei a  foto.



                                    Essa é uma  fruta verde

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segunda-feira, 12 de junho de 2017

O PENTE





                                   Olha aí uma família da pré-história ajeitando seus cabelos

Desde as épocas pré-históricas os homens sentiram a necessidade de ajeitar os longos cabelos, a princípio usaram espinhos de plantas ou de peixes, até que finalmente. idealizaram um rude instrumento de osso com dentes ralos.
O primitivo pente que o homem usou foi  provavelmente a mão. A ideia do pente deve estão ter aparecido muito  cedo, desde quando nossos ancestrais experimentaram o desejo de ajeitar os longos cabelos e, as mulheres o de tornarem atraentes.
Mediante espinhos de certos vegetais como a acácia espinhosa, com ossos de peixes, depois com madeira, chifres e, mais tarde, com cobre e ferro, o homem inventou um instrumento que iria ser, no  futuro, o pente real e próprio.
Quase todos os pentes pré-históricos se acham finalmente, decorados e  apresentam tamanha segurança de entalhe, mesmo na rude forma primitiva, circular ou semicircular, que  poderiam satisfazer plenamente as exigências do gosto moderno.
Não é improvável que a forma e decoração exprimam algum supersticioso segredo. Algumas formas  absolutamente estranhas, certamente, eram destinadas a significar que, além de sua ordinária tarefa de ajeitar a cabeleira, o pequeno objeto, possuía um outro, simbólico religioso. Certos pentes fabricados de maneira a poderem ser aplicados nos cabelos, serviam não só de motivo ornamental., mas também como amuletos.
Os espinhos vegetais eram fixados, primordialmente entre duas varinhas de madeira achatadas, mantidas juntas por uma ligadura, que separava um dente do outro. Com o progresso da civilização, os pentes passaram a ser fabricados com lâminas de metal, habilmente cortadas, ou de madeira e chifre. E com eles nascem a arte do  penteado.
Em Roma usavam-se  também , pentes de bolso, que eram de dimensões reduzidas, pois podiam ser guardados numa espécie de manga bainha, artisticamente decorada.
Na Ática. e até nas ruínas de Troia , foram encontrados pentes elegantes, pouco diferentes dos nossos, e  de rara riqueza. Todavia, nem Roma, nem a Grécia, nem os Egípcios e tampouco os Etruscos criaram verdadeiros pentes para adornar o cabelo das mulheres ou para firma-los; eles tinham pequenas lâminas de ouro ou de outro metal qualquer, com os quais  cingiam a cabeça ou então usavam coroas, que imitavam folhas de louro, ou de oliveira.
Na Idade Média, usavam-se como  ornamento pentes de chumbo, que serviam para atenuar a cor muito viva dos cabelos louros ou ruivos das mulheres.


Vejam na foto alguns pentes de uso comum: 1- pente para prender cabelo, 2- e 6- pentes de toucador,
3- pente de cabeleireiro, 4- pente para cães e cavalos, 5- pente fino, 7- pente de bolso.

                                                  Etimologia da Palavra

A palavra pente deriva do latim pecten. Os naturalistas deram o nome de pente a uma belíssima concha do molusco pecten. Esse molusco marinho, cuja concha possuía saliências muito parecidas aos dentes dos pentes. Aliás era mesmo com essas conchas que inicialmente as pessoas tentavam alisar os seus cabelos.
Curiosidade:  A concha do Pecten possui mais  de 100 espinhos num alinhamento quase perfeito. Esse tipo de concha abunda nos mares da Europa meridional.
Famosos são também os pentes com que as mulheres espanholas, especialmente as de Sevilha usam adornar seus negros e brilhantes cabelos


Olha aí o garoto dando banho no seu animalzinho de estimação, o melhor amigo do homem, usando pente, que atualmente já existem no comércio, pentes especiais , vendidos em petshop.


Hoje a produção de pente está industrializada e segue o sabor da moda, em material leve, em plástico e também de alumínio, práticos, elegantes e baratos. Hábeis artesãos, servindo-se de máquinas perfeitas devido as continuas inovações, produzem ótimos pentes com matérias caras e raras, como  carapaça de tartaruga, chifre, marfim e metais preciosos.


Vejam agora o que disseram mais sobre o pente:

Brincadeiras de Palavras

Árvores e postes
Casas e chão
Olho pro céu
Vejo um gavião

Cercas e mato
Trilho e trem
Olho pro céu
Vejo o além

Gente e pente
Vaso e detergente
Olho pro céu
Vejo  a sua mente
         ou pente!             (Katia Bão)

"Está mais cansada que o pente da Maria Bethânia"    (desconhecido)

"Tem pessoa que trabalha menos que o pente do Kojak."   (desconhecido)

"A experiência é um pente que a vida nos dá quando já não temos cabelos" (anônimo)


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terça-feira, 6 de junho de 2017

A LÍNGUA HUMANA




                            Olha aí o Albert Einstein a  língua mais famosa
                            Ele é o mais célebre dos cientistas do século XX.
                            Criador da Teoria da Relatividade- Um  Gênio

Eu coloquei a foto do Einstein só para mostrar a língua humana, mas hoje vou falar de  Fagundes Varella, cujo nome completo é Luís Nicolau Fagundes Varella (1841-1875), nascido em Rio Claro-RJ e morreu em Niterói aos 33 anos. Ele tem uma poesia onde ele indaga qual é a mais forte das armas, a mais firme, a mais certeira, a mais temida e nos surpreende com a conclusão a que conseguiu chegar.Ele era poeta romântico, boêmio inveterado e estudante das Faculdades de Direito de São Paulo e Recife. Foi um dos maiores expoentes da poesia brasileira em seu tempo, fez parte da transição entre a segunda e terceira geração romântica.
Nesse poema genial, Fagundes Varella explica qual é a mais potente das "ARMAS".

     
     A mais forte das armas

- Qual a mais forte das armas
a mais firme, a mais certeira?
A lança, a espada, a clavina
ou a funda aventureira?
A pistola? O bacamarte?
A espingarda, ou a flecha?
O canhão que em praça forte
faz em dez minutos brecha?
- Qual a mais firme das armas?
o terçado, a fisga, o chuço,
o dardo, a maça, o virote?
A faca, o florete, o laço,
o punhal ou o chifarote?
A mais tremenda das armas,
pior que a durindana,
atendei, meus bons amigos:
se apelida-    a língua humana

Vejam agora o que disseram mais sobre a língua humana:

"O veneno da língua humana é 100% mais forte do que o das víboras" (Juarez  de Oliveira)

"Ao contrário da lenda, nenhum médico é um Google ambulante com respostas na ponta da língua pra tudo quanto é problema de saúde do ser humano."   (Alex Periscinoto)

"Primeiro é o beijo quente, a língua procurando a outra e vendo se a boca combina. Se combina o beijo já é meio caminho andado."   (Cazuza)

"Gente falsa e fofoqueira é como sapo:
tem a perna curta
língua comprida
olho grande
e vive na lama."

"A língua é como uma faca afiada...
mata sem derramar sangue." (Buda- Sidarta Gautama)

"A língua por mais afiada que seja não pode esquecer, que os dentes que cortam." (Sueli Makse)

"Não existe uma arma tão letal quanto uma língua afiada." (Marcos de Camargo)

"A língua não tem ossos, mas é forte o suficiente para cortar um coração. Por isso tenha cuidado com o que diz." (Desconhecido)

"A língua é afiada na hora de apontar o erro dos outros...
Mas a mesma se dobra na hora de reconhecer seus próprios erros." (Ismael Paschoalim)

"Uma língua afiada é a única ferramenta que se afia ainda mais pelo uso constante." (Washington Irving)

"Todos os orgãos do corpo humano se cansam um dia, menos a língua ." (Konrad Adenuer)

"A melhor tradução entre duas línguas é o beijo" (Desconhecido)

"Bons amigos, são um chicote tão afiado quanto a nossa própria língua" (Higor Franceschi)