A RAPOSA E AS UVAS,

                                                    Olha aí um carro dos anos 60
                                                          Dauphine 1961

E tudo que a gente transava
Eram três quatro cuvas
Eu era a raposa
Você era as uvas (Sergio Valério)


Tem uma letra de música composta por Sergio Valério do Sacramento em 1998 de nome A Raposa e as Uvas, título de uma fábula de Esopo conhecido como o pai da fábula. (Esopo  foi um escravo grego que teria vivido em Samos entre os séculos VI e VII a.C, todavia não há nenhuma comprovação histórica de sua existência) e que retrata bem certinho como eram os namoros, os encontros dos casai, das bebidas (grapette, cuba-libre (rum+ coca-cola), as roupas, os perfumes (lancaster, chanel) os veículos (Dauphine, romi Iseta, lambreta) o bailinho de garagem aos sábados com som de vitrolas ao ritmo de  bolero(besame mucho), mambo e twist em disco vinil 45 ou 78 rpm, lp  ou compacto duplo, dos anos 60 (Anos Dourados)
O tabu da virgindade ainda não havia sido desfeito. As mocinhas namoradoiras e casadoiras, tinham que chegar em casa depois do namoro , o mais tardar 10,00 hs. da noite. A pílula anticoncepcional já existia mas se falava muito pouco. As mulheres usavam laquê no cabelo e os homens brilhantina glostora.
Eu estou falando dessas coisas dos anos 60 , porque eu vivi nessa época, mas não que eu seja saudosista, só guardo na lembrança. Para mim a  passagem dos anos traz para a sociedade tudo de positivo e não tem nada que eu preferisse como era antes, a vida é daqui para frente, se algo mudou, toda mudança sempre é para melhor, eu só olho para frente onde está o futuro e não no retrovisor. A pessoa tem de olhar para trás só como forma de aprendizado, para não cometer os mesmos erros do passado.
Quem viveu nos anos 60 são pessoas  que hoje estão na Terceira Idade ou Melhor Idade e que ao ler a letra logo abaixo vão se identificar, porque tiveram o privilégio de ter vivido tempos maravilhosos e que não voltam nunca mais.
Sem mais delongas vamos a letra:

                    A Raposa e as Uvas

Lembro com muita saudade
Daquele bailinho
Onde a gente dançava
Bem agarradinho
Onde a gente ia mesmo
É pra se abraçar

Você com laquê no cabelo
E um vestido rodado
Aquelas anáguas
Com tantos babados
E você se sentava
Só pra me mostrar

E tudo que a gente transava
Eram três quatro cubas
Eu era a raposa
Você era as uvas
Eu sempre querendo
Teu beijo roubar

E por mais que você
Se esquivasse
Eu tinha certeza
Que no fim do baile
Na minha lambreta
Aquele broto bonito
Ia me abraçar

Quando a orquestra
Tocava "Besame Mucho"
Eu lhe apertava
E olhava seu busto
Dentro do corpete
Querendo  pular

Eu todo cheiroso
Á "Lancaster"
E você à  "Chanel"
Eu era um menino
Mas fazia o papel
Do homem terrível
Só pra lhe guardar

E tudo que a gente transava
Eram três quatro cubas
Eu era a raposa
Você era as uvas
Eu sempre querendo
Seu beijo roubar

E por mais
Que você se esquivasse
Eu tinha certeza
Que no fim do baile
Na minha lambreta
Contente pra casa
Eu ia te levar

E ao chegar em tua casa
Em frente ao portão
Um beijo , um abraço
Minha mão. tua mão
Com medo que o velho
Pudesse acordar

A pílula já existia
Mas nem se falava
Pois nos muitos conselhos
Que a tua mãe te dava
Tinha um que dizia
Só depois de casar

E tudo que a gente transava
Eram três quatro cubas
Eu era a raposa
Você era as uvas
Eu sempre querendo
Teu beijo roubar

E por mais
Que você se esquivasse
Eu tinha certeza
Que no fim do baile
Na minha lambreta
Aquele corpo bonito
Ia me abraçar.

Essa música foi lançado em  1998, finalzinho da época de ouro     da música, ela fala de uma realidade que vivi no auge de minha juventude. Quando vejo essa letra sou arremessado de volta para os Anos 60. Fala da simplicidade, da inocência daquele tempo gostoso,  romântico, muito diferente dos dias de hoje. Lá tinha magia, paixão e sonhos mil, ainda bem que vivi esse tempo.

Escrevi sobre esse tema que foi tão rico os Anos 60 e também  lembrei-me dos meus dezoito anos. Época que não havia venda de cocaína em qualquer esquina e nem no  carrinho do pipoqueiro, nem na porta de escolas, nem" bolinha", comprimidos de anfetamina (só na farmácia).
E também hoje é comum vermos nos veículos de comunicação tais como  jornais, televisão, notícias nas páginas policiais assustadoras sobre escola assim:

- Alunos queriam envenenar a vice-diretora da escola (programa do Datena em 10.10.15)
-Aluno foi pego com revólver em sala de aula.

Será que existe maneira de resolver esse estado de coisas?
Não há saída fácil pára isso

Para pessoas que não viveram os Anos 60, e também para os jovens que estão lendo esse blog e não sabem  o que foi essa época vou explicar:

Anos 60 foi a época que mudou o mundo.
Até o sutiã foi queimado pelas mulheres na Inglaterra em praça pública, num símbolo de libertação das mulheres.
Essa época chegou ao fim coroada com a chegada do homem a lua em julho de 1969, e com grande show em Woodstock nos Estados Unidos em agosto  do mesmo ano, comandado por Jimmy Hendrich que reuniu cerca de 500 mil pessoas em três dias de amor música.
No Brasil lutava-se contra a  Ditadura Militar e reforma educacional e que iria mais tarde no fechamento do Congresso

Vejam mais fotos de coisas dos anos 60:

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Minha Máquina de escrever

Olha como eram as roupas femininas

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