segunda-feira, 26 de março de 2012

O C I R C O


          



Hoje tem marmelada?
Tem sim senhor
Hoje tem goiabada?
Tem sim senhor
Hoje tem espetáculo?
Tem sim senhor
Oito horas da noite?
É sim senhor
O Palhaço o que é ?
Ladrão de mulher.








                                       Dia  27 de março é comemorado o Dia Mundial do Circo .
                                       Tenda de lona, tôscas arquibancadas de madeira, picadeiro em forma de circulo. Palhaços, acrobatas, malabaristas, mágicos, domadores, Bichos amestrados, engraçados ou agressivos (hoje há um grande apelo para as pessoas só frequentarem circos que não  tenham animais). A bandinha.  Hoje aqui, amanhã em outra parte, resistindo o quanto pode às novas formas de diversão, o circo prossegue sua aventura, a de levar a gente de qualquer parte, de qualquer idade a alegria e a emoção de um mundo encantado.
                                         O  circo veio de longe em seu desfile pela história. Começou em Roma  ,  mais de 200 anos antes de Cristo, herança dos  Etruscos. Primeiro, era uma festa religiosa ao ar livre, depois tornou-se um conjunto de competições, os  ludi circensis , jogo de circo. Aliás a palavra latina circus designava antes o lugar em que as competições se desenrolavam do que um   "show"  propriamente
dito.
                                          O maior dos circos romanos  chamou-se   Maximus  . Sua construção  iniciada no século III a.C  foi a principio modesta. Em 46 a.C  JUlio Cesar  mandou restaura-lo e amplia-lo. Quinze anos depois o Imperador  Augusto mandou reconstruir  o palco imperial. e fêz colocar sobre o  embasamento da  Arena um  obelisco egipcio (esse obelisco existe até hoje na PIazza del Popolo em Roma). Naquela época , o Circus Maximus media  535 metros de comprimento por 150  de largura;  só a arena tinha 49  por 80 metros. Último espetáculo deu-se em 549, quando o circo já  começava a se desfazer em ruínas. Hoje  o que dele resta  é um monte de pedras.
                                           O circo em Roma tinha uma  importante função politica e social:   fornecia à massa miserável um divertimento gratuito, uma válvula de escape as  suas frustações. Enquanto houvesse pão e circo (panem et circensis), o Império  Romano estaria a salvo de levantes populares.
                                            No periodo da decadência  de Roma, 175 dias por ano eram de festas e boa parte deles destinava-se aos jogos de circo.

Os circos que ficaram mais famosos foram os seguintes:

Anfiteatro das Artes  - inglês
Circo OLimpico dos Irmãos Franconi- francês
Circo de |Inverno-  francês
Circo Medrano -    francês
Circo Ringling-Barnum  -  americano
Circo Krone   -   alemão
Circo Togni   -  italiano
Circo Orfei     -    italiano
Circo de Moscow  -   russo
Circo Sarasani  -  italiano


                            O Circo Moderno

                                                 Os predecessores do circo  moderno organizaram-se melhor em fins do século XV. Naqueles  anos, um circo  nos arredores de Londres incluia em seu  programa , cavalos, músicos e dançarinos na corda. O "show"  se fazia com os  cavalos parados, os equilibristas passando  de um para outro. Mas em 1758, um  circo inglês apresentou um cavaleiro equilibrado de pé sobre dois cavalos em movimento. Coisa que os romanos já faziam no seu tempo.
                                                  Em 1767, num "cirque" parisiense, Montou-se um espetáculo hípico, entremeado de brincadeiras e acrobacias. Era o começo do circo moderno.
                                                   A tenda de lona dos circos modernos, fácil de montar e desmontar, permite que a companhia se instale, mesmo nas pequenas cidades. Mas é também responsável por grandes catástrofes: Em 1944 em Hartford, nos Estados Unidos, incendiou-se o Circo Ringling-Barnum;  morreram 168 pessoas . As vesperas do  Natal de 1961, em Niteroi, pegou fogo o Gran Circo Americano, fazendo 211 vítimas.
                                                    De qualquer forma o Circo  já teve dias melhores. De um lado  o aparecimento e a disseminação de novas formas de entretenimento, como a televisão, afastaram o público  das arquibancadas. E as famílias circenses-  que circo sempre foi negócio de pai para filho-  vão se desfazendo ou passam  para o teatro musicado, radio e televisão.
                                                     Foi o que se deu com o tradicional circo  do Arrelia que, desde  1950 se bandeou para a televisão paulista.
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          L O N A S     A Z U I S

No caminho da sorte, a alma perdi
Dei um beijo na morte e sobrevivi
Mas perdi o meu medo
A viver aprendi

Fiz do mundo meu palco. do sol minha luz
Pra fazer o meu circo  usei minha cruz
De um pedaço do ceu fiz as lonas azuis
Do ceu eu fiz as lonas azuis


Aprendi que nem sempre é feliz quem procura
Que a vida mais fácil, também é  a mais dura
Que a estrada mais curta é também mais escura

Aprendi na descida, mais força ganhar
Pra chegar na subida e não desanimar
Sou da vida um artista, ganhei meu lugar.       
                                                                        

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