A rua que eu imagino, desde menino, para o meu destino pequenino é uma rua de poeta, reta, quieta, discreta, , direita, estreita, bem feita, perfeita.
com pregões matinais de jornais, aventais nos portais, animais e varais no quintais.
e acácias paralelas, todas elas belas, singelas, amarelas, doiradas, descabeladas, debruçadas como namoradas para as calçadas:
e um passo, de espaço, no mormaço de aço baço e lasso:
e algum piano provinciano, quotidiano, desumano.
Mas brando e brando, soltando de vez em quando, na luz rala de opala de uma sala uma escala clara que embala:
e, no de uma tarde que arde, o alarde das crianças do arrebalde
A rua que eu imagino, desde pequenino, para o meu destino pequenino é uma rua qualquer onde desfolha
um malmequer, uma mulher que bem me quer;
é uma rua , como todas as ruas , com suas duas calçadas nuas , correndo paralelamente , como a sorte
diferente de toda gente, para a frente, para o infinito;
mas uma rua que tem escrito um nome bonito, bendito que sempre repito.e que rima com mocidade, liberdade. tranquilidade:
Rua da Felicidade..........
Essa poesia é de Guilherme de Almeida, que é cognominado "O Principe dos Poetas".
Esse lindo poema, repleto de versos sonoros., muito bom. Ele fala de uma rua ideal, a rua dos sonhos de Guilherme de Almeida, é onde todos nós gostaríamos de morar.
E por falar em felicidade:
"Felicidade, não é desejar o que não temos, mas sim apreciar o que possuimos"
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