Olha aí os negros escravos chegando à uma Fazenda de café
Todo dia 20 de novembro é comemorado em todo território Nacional brasileiro O Dia da Consciência Negra.
Relembra o assassinato de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares em 1695. Pelo Brasil, há manifestações contra a discriminação racial.
O Quilombo é tido como uma cabana no meio do mato, onde se refugiavam os escravos, mocambo (cercas). Também podemos definir como um acampamento fortificado de escravos fugitivos das fazendas de café. Geralmente ficava distante das povoações dos brancos ou em locais de difícil acesso.
Uma das mais importantes formas de resistência à escravidão, os quilombos formaram-se em regiões de grande concentração de escravos, durante o período, mais intenso do tráfico. Embrenhados nas matas e terras virgens, os núcleos se transformavam em prósperas aldeias.
Seus habitantes chamados de "quilombolas", retomavam alguns dos padrões africanos de organização social: cultivo coletivo da terra, policultura e criação de animais domésticos. A maioria teve curta duração, pois os senhores de escravos de vilas vizinhas, visando apossarem-se das terras, organizavam expedições de ataque.
Alguns tiveram níveis de organização administrativa e hierárquica tão elevados que chegaram a manter um comércio, incipiente com os habitantes de aldeias próximas. Dentre os quilombos mais importantes e duradouros destacaram-se o do Rio dos Montes- Minas Gerais, dizimado em 1751; o de Carlota- Mato Grosso sec. XVIII, o de Malunguinho- Pernambuco, próximo a Recife em 1836; e o de Cumbe- Maranhão, 1839.
Mais o mais importante e mais duradouro de 1630-1694, foi :
O Quilombo dos Palmares
O Quilombo dos Palmares é também conhecido como o Quilombo de Zumbi ,seu maior e último líder. Ficava no atual território de Alagoas e de Pernambuco, foi o maior foco de resistência a escravidão, enfrentado as entradas e mantendo guerra prolongada contra os fazendeiros. (Entradas eram expedições que vasculhavam as florestas procurando escravos insubmissos).
O Martinho da Vila, cantor e compositor brasileiro, tem uma composição que fala sobre o Quilombo dos Palmares e que diz assim:
Valeu Zumbi
O grito forte de Palmares
Que correu terra céus e mares
Influenciando a abolição.
Palmares teve seu apogeu em 1670, quando já ocupava boa parte do atual território do Estado de Alagoas e uma porção de Pernambuco, numa área de 260 km. de extensão por 132 km. de largura onde se distribuiam cerca de 50 mil habitantes. Sua economia prosperou a tal ponto que mantinha comércio regular com as vilas próximas (Serihaem, Porto Calvo, Penedo). Em troca de pólvora, armas de fogo, tecidos, instrumentos agrícolas, os quilombolas, forneciam produtos agrícolas, pescado e caça.
Por fim com a decadência do açúcar, Palmares entra em decadência, mais resistiu a 17 expedições do governo.
A última comandada pelo Bandeirante Domingos Jorge Velho em 3 de dezembro de 1691, dizimou o quilombo, os que sobraram são aprisionados, mas Zumbi não aparece. O líder dos negros só é localizado um ano depois. Morto e esquartejado, sua cabeça é exposta no centro da cidade de Olinda para servir como exemplo.
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Vejam agora frases sobre a escravidão:
"Só fica escravo aquele que tem medo de morrer sobre donos" (Zumbi
"Aquele que é feito escravo por uma força maior do que a sua, ama a liberdade , é capaz de morrer por ela, nunca chegou a ser escravo." (Zumbi)
"Zumbi dos Palmares
Morreu mas ainda vive
Na mente de milhares." (Daniel Brito)
"A escravidão atingiu o seu auge no Modo de Produção Capitalista na forma de trabalho assalariado."
(George Bernard Shaw)
"O dinheiro representa uma forma de escravidão impessoal, em lugar da antiga escravidão pessoal." (Leon Tostoi).
"Como é perigoso libertar um povo que prefere a escravidão." (Nicolau Maquiavel)
"Depender de uma profissão é uma forma menos odiosa de escravidão do que depender de um pai." (Virginia Woolf)
"Não há escravidão pior que a dos vícios e paixões." (Marques de Maricá)
"Uma grande riqueza é uma grande escravidão." (Sêneca)
"O apego é a maior escravidão. Aquele que se apega, renunciou ao direito de liberdade." (Walter da Rosa Borges)
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