"De pai pra filho o racismo passa, em forma de piadas que teriam bem mais graça se não fosse o retrato da nossa ignorância, transmitindo a discriminação desde a infância.
E o que as crianças aprendem brincando, é nada mais nada menos do que a estupidez se propagando." (Gabriel Pensador)
Muitas pessoas que estão lendo este blog, talvez não sabem que em abril de 2014 a Câmara dos Deputados, aprovou a proposta do Senado que instituiu o dia 25 de julho como Dia Nacional de Teresa de Benguela e da Mulher Negra. Foi aprovado também, a inclusão no calendário comemorativo brasileiro o 25 de julho Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha.
Com esses projetos de lei aprovados no Brasil reafirma a importância da data que foi instituída no calendário feminista no lº Encontro de Mulheres Afro latino americanas e Afro Caribenhas que aconteceu em 1992, na República Dominicana.
Iniciativas como estas vêm ao encontro da necessidade do reconhecimento da história das mulheres negras que estiveram no centro das lutas e movimentos sociais e culturais. Pouco se conhece sobre nossas heroínas negras, como Dandara, Luiza Mahin, Carolina Maria de Jesus, Mãe Menininha, Laudelina Mello, Teresa de Benguela e tantas outras.
Vocês sabem quem Teresa de Benguela?
Foi uma líder quilombola que viveu no atual Estado do Mato Grosso, no Brasil durante o século XVIII.
Foi esposa de José Piolho, que chefiava o Quilombo do Piolho (ou Quariterê), entre o rio Guaporé (atual fronteira entre Mato Grosso e Bolívia) e a atual cidade de Cuiabá. Com a morte de José Piolho,Teresa se tornou a rainha do quilombo, e sob sua liderança a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população que era de 79 negros e 30 índios, foi morta ou aprisionada.
Apesar da pouca representatividade na história oficial do país, Teresa é comparada ao líder negro Zumbi dos Palmares. Ela é a "Rainha do Pantanal" do período colonial. (Fonte Jornal da Manhã de 25.07.2017)
Vejamos agora o que mentes brilhantes disseram sobre escravidão:
"Aquele que é feito escravo por uma força maior do que a sua, ama a liberdade, é capaz de morrer por ela, nunca chegou a ser escravo." (Zumbi dos Palmares)
"Zumbi dos Palmares
morreu mas, ainda
vive na mente de milhares."
"A escravidão atingiu o seu auge no modo de produção capitalista, na forma de trabalho assalariado"
"O dinheiro representa uma nova forma de escravidão impessoal, em lugar da antiga escravidão pessoal." (Leon Tostoi)
__________________________________________________
Postado por: Augusto Amoroso de Lima
Prof. de História e Sociologia, e Funcionário da Pesquisa Científica
e Tecnológica, aposentado
Nenhum comentário:
Postar um comentário