segunda-feira, 25 de novembro de 2013
A SERENATA
Origem da Palavra SERENATA:
A palavra serenata , vem do italiano SERA= NOITE e do sereno, adjetivo que indica céu estável, sem nuvens; deixar uma coisa "ao sereno" era deixar ao ar livre e, portanto recebendo a umidade que cai do céu noturno. (boa noite em italiano é " bona sera").
A serenata era uma música apropriada para a noite, geralmente tocada (ou cantada) por um galante cavalheiro sob a janela de sua amada.
Embora o termo também designe , tecnicamente, uma peça de música instrumental leve, com predominância de sopros, seu sentido usual ainda é o antigo, evocando violões e vozes suaves que executam músicas bem comportadas diante da casa de alguém a que se quer agradar.
Li outro dia uma história de um rapaz, de sua experiência com a serenata, que era assim:
À Janela , com amor
Um rapaz apaixonado, uma bela adormecida, um violão e uma janela. No começo do século passado, eram esses os protagonistas da declaração de amor perfeita - salvo quando um intrometido dava as caras: o balde de água fria jogado pelos vizinhos irritados com a serenata.
Com o passar dos tempos, os amantes que pretendiam usar a música para se declarar assumiram novas formas de abrir o coração. A fita cassete gravada com aquelas canções, por exemplo, era sim um ato apaixonado - mas também bastante acomodado. Foi isso que eu percebi quando me vi onze andares abaixo da janela aonde minha voz deveria chegar, soterrado pelos sons da metrópole e ainda ameaçado por uma chuva iminente.
Decidi levar o meu plano para outro palco: a casa dos meus pais, na calmaria do interior.
Como minha namorada ainda não conhecia minha família, nem desconfiou do meu real interesse na viagem.
Então lá fomos nós, igualmente apreensivos, mas por motivos distintos: ela devido ao primeiro encontro com os sogros; eu pelo ineditismo da declaração e pelo risco de constranger em vez de agradar. Esperei a noite chegar, sai de casa com cuidado e soltei a voz. Ao contrário de um show , aprendi que numa serenata pode levar algum tempo até que o público se manifeste. Mas ela apareceu - quase na metade da música, mas apareceu. E, embora olhasse para os lados, desconfiada, tinha um sorriso no rosto daqueles que a gente se culpa por não estar com uma máquina fotográfica em mãos.
Fonte: Revista Sorria
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